Com a proximidade da volta às aulas, um dos passatempos mais divertidos dessa época do ano começa a movimentar a vida dos estudantes, principalmente a dos mais jovens. A organização do material escolar envolve um verdadeiro ritual. Comprar lápis, canetas, cadernos, ficheiros, mochilas e outros itens com temas e personagens preferidos da garotada, no entanto, nem sempre sai barato. E, para não pesar tanto no orçamento familiar, opções alternativas e que também encantam têm ganhado o mercado, se mostrando como uma alternativa interessante para agradar tanto ao bolso dos pais, quanto à turminha que não abre mão da criatividade e do bom gosto na hora de estudar.
Ao vivenciar essa realidade na prática, a artesã Tatiana Duque Fontes viu uma nova possibilidade se abrir à sua frente. Nascida no Rio de Janeiro, em setembro de 2018 ela se mudou para o Espírito Santo em busca de um local mais tranquilo para criar o seu filho que, à época, ficava na creche em período integral para que ela pudesse trabalhar. Aqui, encontrou o modo de vida mais tranquilo que tanto buscava, mas, por outro lado, esbarrou na dificuldade para se recolocar profissionalmente, tanto por conta da rotina exigida pela maternidade, quanto pela falta de oportunidades de trabalho, bem mais restritas no Espírito Santo.
Ao deixar o mercado formal, Tatiana passou a buscar fontes alternativas de renda e encontrou na produção de conteúdo (social media) para microempreendedores informais do Rio de Janeiro uma boa oportunidade para se manter em atividade e ganhar dinheiro. Foi também quando ela deixou florescer um talento latente que carregava desde muito nova, dada a necessidade de identificar o material escolar do seu filho, e, assim, gastar menos com a compra desses produtos.

“Sempre gostei de escritório e de itens de papelaria desde quando era muito novinha. Lembro que os meus amigos pediam para eu elaborar convites e outros tipos de arte para eles. Então, quando deixei de ser celetista, percebi a oportunidade de investir tanto na profissão de social media, quanto na possibilidade de me aprofundar na produção de itens personalizados, já que o meu filho costumava perder o seu material na escola”, comenta. Desde então, ela comercializa etiquetas, tags para mochilas, estojos e lancheiras e capas para cadernos, entre outros itens, pelo Instagram @tatiduque.servicosdigitais. É pelo perfil da rede social, bem como pelo Whatsapp 27 99286-7907, que também são realizadas as vendas dos itens criados por ela.
O investimento nesse nicho de mercado deu tão certo que, há dois anos, Tatiana atua somente no ramo do empreendedorismo. “Nessa minha transição de trabalhadora formal para microempreendedora informal, contei com o apoio do Sebrae/ES em todo o processo de orientação e noção sobre organização de empresa”, declara. Além das criações personalizadas, Tatiana também oferece o serviço de etiquetagem do material escolar, uma forma de facilitar a vida dos pais que não dispõem de tempo, ou que não têm habilidade para preparar os itens dos filhos no início do ano letivo.
E, para as pessoas que têm o sonho de empreender, mas que acabam esbarrando em algum obstáculo no caminho, Tatiana deixa um conselho. “É preciso se planejar e tentar, porque é muito bom se sentir realizada”.
Nova oportunidade na pandemia
Percorrendo um caminho semelhante ao de Tatiana, há cinco anos, a artesã Josiane Borges Coelho deixava o emprego formal na área administrativa de uma empresa alimentícia para apostar no empreendedorismo. “Começamos em casa mesmo, quando fiquei desempregada devido à pandemia do COVID-19”, relata Josiane. Ela conta que inicialmente trabalhavam na produção de lembranças para festas, brindes corporativos e presentes personalizados. Há três anos, seu marido Jean passou a ser sócio da empresa. Foi então que o casal resolveu investir numa loja física no Centro Comercial de Marataízes, cidade onde eles moram. “Graças a Deus tem sido um sucesso. Montamos um catálogo com os nossos produtos em todas as datas comemorativas para facilitar a escolha dos nossos clientes”, relata.

E o início do ano letivo não poderia ficar de fora desse “compilado”, conforme conta a própria Josiane. Percebendo as possibilidades que chegam juntamente com o início das aulas, ela acreditou na produção de materiais escolares personalizados como uma nova possibilidade de renda. “Todo início de ano, os pais precisam identificar os itens escolares com os nomes dos seus pequenos. Então, criamos um catálogo recheado de produtos úteis e essenciais para esse público também. Tudo é personalizado com o nome da criança e com o seu personagem favorito”, relata.
Para Josiane, empreender no ramo de produtos personalizados é tão desafiador quanto investir em qualquer outro campo. “Mas, eu e o Jean temos certeza de que estamos trilhando o caminho que tanto sonhamos. Somos apaixonados pelo que fazemos, cada produto que criamos é feito com uma grande dose de amor e carinho da gente.”
De acordo com a analista de Relacionamento da Unidade de Relacionamento do Sebrae/ES, Andréa Gama, para ter sucesso, o empreendedor deve buscar um diferencial em relação ao que já está disponível no mercado. “Algo que torne o seu produto único e inovador e que chame a atenção do seu público-alvo. Num mundo onde a sustentabilidade é um tema necessário, propor produtos recicláveis, com formas de aproveitamento, também pode ter grande potencial de atração”, destaca. “Cadernos, garrafas, identificadores de mochila, estojos, necessaires, todo item de material escolar com o nome dos alunos ou ícones da sua região, fazem diferença.”.
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