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Manter um pequeno negócio financeiramente estável não é tarefa fácil, especialmente em um cenário de incertezas econômicas. Entretanto, no primeiro semestre do ano, a maioria dos microempreendedores do Espírito Santo preferiu evitar empréstimos e financiamentos bancários. Essa tendência foi identificada pela pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil 2023”, conduzida pelo Sebrae, que procurou entender as estratégias de financiamento de micro e pequenas empresas.

Participaram da pesquisa microempreendedores individuais (MEI) e proprietários de micro e pequenas empresas dos setores de Comércio, Serviços e Indústria, no mês de junho.

No Espírito Santo, 83% dos empresários de pequeno porte não buscaram novos financiamentos ou empréstimos nos últimos seis meses, enquanto 17% recorreram a esses recursos para manter suas contas em equilíbrio.

Para Pedro Rigo, os pequenos negócios estão conseguindo manter as finanças em ordem, mas também estão mais cautelosos por causa dos juros

“A diminuição da procura por empréstimos e financiamentos bancários é um dos reflexos da reação econômica no primeiro semestre do ano. Os pequenos negócios estão conseguindo manter as finanças em ordem, mas também estão mais cautelosos por causa dos juros”, explicou Pedro Rigo, superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES).

Dentre aqueles que evitaram novos empréstimos, 17% possuem atualmente débitos pendentes referentes a compromissos financeiros anteriores.

No âmbito nacional, a busca por empréstimos tem apresentado queda desde 2020, ano em que 38% dos empresários recorreram a esta opção. Em 2023, com 16% de solicitações na média nacional, o índice regressou aos patamares observados no período pré-pandemia.

Motivos para evitar empréstimos

Quanto às razões para evitar empréstimos, 49% dos entrevistados no Espírito Santo afirmaram que suas empresas, no momento, não necessitam desse tipo de suporte financeiro.

Outros 10% citaram desconfiança na política econômica atual, 6% expressaram aversão a empréstimos, 4% mencionaram a fragilidade da economia e 2% admitiram que não conseguiriam arcar com as parcelas.

Daqueles que solicitaram empréstimos ou financiamentos, 66% tiveram sucesso e 28% não conseguiram a aprovação.

Justificativas dos bancos

No panorama nacional, as justificativas para a recusa de empréstimos são variadas. Contudo, a razão mais frequente é a recente abertura da conta-corrente ou da empresa (22%). Além disso, cerca de um terço dos empresários que tiveram o pedido negado informou não ter recebido uma explicação do banco.

Na busca por empréstimos, os empresários recorreram principalmente à Caixa Econômica Federal (25%), Bradesco (19%), Banco do Brasil (17%) e Santander (15%). Contudo, os bancos que mais aprovaram solicitações foram o Banco do Brasil (22%), Sicredi (17%) e Caixa (15%).

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Os textos veiculados pela Agência Sebrae de Notícias – ES são produzidos pela Assessoria do Sebrae/ES e podem ser reproduzidos gratuitamente, apenas para fins jornalísticos, mediante a citação da Agência.

  • 49% afirmam que suas empresas não necessitam de financiamento
  • 6% Expressaram aversão a empréstimos
  • 66% Daqueles que solicitaram empréstimos ou financiamentos tiveram sucesso
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