As micro e pequenas empresas (MPE) seguem alavancando e liderando a geração de empregos formais no Espírito Santo, conforme apontado pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, que foi divulgada em dezembro de 2024. Composto por informações socioeconômicas, entre elas dados quantitativos sobre empregados e suas respectivas remunerações, entre outros, o relatório é solicitado anualmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego aos empregadores do país das mais diversas modalidades e analisado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com o relatório, há, no Espírito Santo, 762.343 pessoas atuando em empresas mercantis. Desse total, 55,6% (423.778) estão alocadas no universo das micro e pequenas empresas, das quais 206.073 em microempresas (ME) e outras 217.705 em empresas de pequeno porte (EPP). “Para análise da participação das micro e pequenas empresas na geração de empregos, o Sebrae/ES estabelece o recorte de organizações mercantis dentro do universo de empreendimentos declarantes”, informa a analista de Inteligência de Dados do Sebrae/ES, Clara Crizio.
Números por região e setor
Num comparativo entre os estados da região Sudeste – cuja média da participação das MPE é de 51,3% -, com 55,6% dos empregos formais gerados pelas micro e pequenas empresas, o Espírito Santo ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, que encabeça o ranking com 55,62% da força de trabalho formal alocada nessas organizações. Em uma escala nacional, o estado ocupou a 12ª colocação no ranking.
O relatório aponta ainda a liderança do setor de Comércio, com 37,7% do total de empregos formais nas micro e pequenas empresas do Espírito Santo. Em seguida, desponta a área de Serviços, com 35,3% do estoque de empregos formais entre as MPE do estado. Juntos, os dois setores somam mais de 70% do total de empregos formais nas MPE capixabas. Logo em seguida, aparecem a Indústria (18,1%), a Construção Civil (5,7%) e a Agropecuária (3,3%).
Participação feminina
O RAIS apontou também a participação das mulheres entre os empregados formais do Espírito Santo alocados em MPE. Elas representam nada menos que 42,7% de toda a força de trabalho empregada nesses estabelecimentos. Mesmo com participação expressiva no mercado formal, elas recebem cerca de 14% a menos do que os homens que atuam exercendo as mesmas funções nesses empreendimentos, dado que revela claramente o desafio da equidade de gênero no mercado de trabalho.
“O percentual de participação das MPE na massa salarial total das empresas mercantis do estado é de 46,4%, com remuneração média de R$ 2.180,00. Os homens recebem em média R$ 2.321,00, enquanto as mulheres ganham cerca de R$ 1.992,00”, compara Clara.
De acordo com a coordenadora do Sebrae Delas no Espírito Santo, Suzana Fernandes, essa desigualdade entre os gêneros é histórica. “Mesmo representando quase metade da força de trabalho nas micro e pequenas empresas, as mulheres ainda recebem menos que os homens. Essa desigualdade tem raízes profundas, como a divisão sexual do trabalho e a cultura que desvaloriza o que é feito por mulheres. O Sebrae Delas atua justamente para mudar essa realidade, fortalecendo o empreendedorismo feminino como ferramenta de transformação, autonomia financeira e busca por equidade”.
Desenvolvido pelo Sebrae, o Sebrae Delas é um programa que incentiva, valoriza e acelera a jornada de mulheres que empreendem ou querem empreender.
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